Bolsonaro anuncia que Brasil acolherá cristãos perseguidos na Nicarágua
- jornaldadireitaofi
- 20 de set. de 2022
- 3 min de leitura
Presidente defendeu a liberdade religiosa durante discurso na Assembleia Geral da ONU

O presidente Jair Messias Bolsonaro anunciou nesta terça-feira (20), durante discurso na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York (EUA), que o Brasil está aberto para receber os cristãos perseguidos pelo regime ditatorial comandado por Daniel Ortega na Nicarágua.
Ao falar sobre liberdade de expressão, Bolsonaro falou sobre a defesa da liberdade de religião dentro dos direitos humanos.
“Tenho sido um defensor incondicional da liberdade de expressão. Além disso, no meu governo o Brasil tem trabalhado para trazer o direito à liberdade de religião para o centro da agenda internacional de direitos humanos. É essencial garantir que todos tenham direito de professar e praticar livremente sua orientação religiosa. Sem discriminação”, afirmou.
O presidente aproveitou a oportunidade para anunciar que o Brasil está disposto a acolher os cristãos que têm sido alvos de ataques à liberdade religiosa na Nicarágua, controlada por um Governo socialista.
“Quero aqui anunciar que o Brasil abre suas portas para acolher os padres e freiras católicos que têm sofrido perseguição do regime ditatorial da Nicarágua. O Brasil repudia a perseguição religiosa em qualquer lugar do mundo”, declarou Jair Bolsonaro.
O chefe do executivo brasileiro enfatizou também os valores defendidos pelos brasileiros e por seu Governo, destacando a luta contra as ideologias revolucionárias de esquerda.
“Outros valores fundamentais para a sociedade brasileira com reflexo na pauta dos direitos humanos são a defesa da família, do direito à vida, desde a concepção, à legítima defesa e o repúdio à ideologia de gênero”, disse.
Após o evento, o presidente da República fez publicações em suas redes sociais enfatizando a defesa da liberdade religiosa.
“Assim como temos feito ao receber ucranianos, venezuelanos, haitianos e cristãos do Afeganistão, ofereceremos asilo aos que hoje são atacados pelo ditador Daniel Ortega, na certeza de que todos serão recebidos pelo Brasil e pelo nosso povo com a dignidade e o apoio que merecem”, declarou Bolsonaro.
Governada por Daniel Ortega, do partido Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), desde 2007 a Nicarágua vem sofrendo com a escalada autoritária do regime socialista. Bispos foram presos, freiras foram expulsas e até mesmo emissoras de rádio foram fechadas por Ortega.
O partido do ditador é membro da organização socialista Foro de São Paulo, da qual Lula foi um dos fundadores e mantém até hoje relações, tendo seu partido, o PT, como um dos membros.
Um dos argumentos que Daniel Ortega usa para perseguir os católicos é de que os membros da igreja estariam cometendo atos antidemocráticos ao "organizar grupos violentos” para incitá-los “a realizar atos de ódio contra a população, causando um clima de ansiedade e desordem, perturbando a paz e a harmonia da comunidade, com o objetivo de desestabilizar o Estado da Nicarágua e atacar as autoridades constitucionais.”
Acusações parecidas vem sendo realizadas contra conservadores no Brasil por meio de inquéritos em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF), relatados pelo ministro Alexandre de Moraes.
“O Brasil não assistirá de braços cruzados a mais um episódio dessa perseguição diabólica contra cristãos promovida pela ditadura socialista da Nicarágua. Estamos prontos para acolher padres e freiras perseguidos, facilitando ainda mais seu ingresso e instalação em nosso país.
A situação na Nicarágua é trágica e revoltante. Rádios estão sendo fechadas, bispos católicos estão sendo presos e freiras da ordem de Madre Teresa de Calcutá foram expulsas do país. São cenas tristes, mas que alguns, por afinidade ideológica, preferem virar as costas e ignorar.
Assim como temos feito ao receber ucranianos, venezuelanos, haitianos e cristãos do Afeganistão, ofereceremos asilo aos que hoje são atacados pelo ditador Daniel Ortega, na certeza de que todos serão recebidos pelo Brasil e pelo nosso povo com a dignidade e o apoio que merecem.
O que ocorre hoje na Nicarágua liga um alerta para o mundo sobre a iminência de abusos ainda mais graves e desumanos, afinal de contas, se nem as igrejas, cujo trabalho religioso e social são fonte de dignidade para as pessoas, estão sendo respeitadas, quem estará imune a isso?
Por isso, como líder máximo do Brasil, país que sempre defendeu e promoveu a liberdade religiosa e que se orgulha de sua formação cristã, me sinto obrigado a denunciar essa perseguição diabólica. Não só pelo que representa hoje, mas pelo que pode representar num futuro próximo.”
ASSISTA O DISCURSO DO PRESIDENTE NA ÍNTEGRA:
Comentários