Bolsonaro sobre Lula: “Não sou eu, mas o próprio crime organizado que demonstra tê-lo como aliado”
- jornaldadireitaofi
- 20 de jul. de 2022
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Presidente ironizou ligação do ex-presidente ao crime organizado após decisão de Alexandre de Moraes que censurou publicações sobre o assunto

Após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidir censurar publicações sobre a suposta ligação do Partido dos Trabalhadores (PT), com a facção Primeiro Comando da Capital (PCC), o presidente da República, Jair Bolsonaro, ironizou o assunto nesta quarta-feira (20) em publicação nas redes sociais.
“Em 2018, o apontado de Lula venceu disparado nos presídios; Em 2019, um líder do ₱₵₵ reclamou de nossa postura para com o grupo e disse que com o ᕵᖶ o diálogo era bem melhor. Não sou eu, mas o próprio crime organizado que demonstra tê-lo como aliado e a mim como inimigo”, disse Bolsonaro no Twitter.
Conforme o Jornal da Direita noticiou, após atender ao pedido do PT por meio de uma “Representação por propaganda eleitoral irregular”, o ministro do Supremo determinou no último domingo (17), a censura de publicações que denunciavam a relação do PT com a facção PCC e também proibiu a associação de Lula à morte de Celso Daniel.
A decisão de Moraes foi exclusivamente contra personagens da direita e do conservadorismo.
Na ação, que resultou na censura, militantes do PT afirmam que as informações sobre as possíveis ligações seriam “fake news” com objetivo de “desincentivar os cidadãos brasileiros a votarem no ex-Presidente Lula.”
Na terça-feira (19), Jair Bolsonaro já havia divulgado uma reportagem em que um líder do que ele chamou de “grupo praticante de atividades ilícitas coordenadas denominado pela décima sexta e terceira letra do alfabeto” reclama das ações de seu governo e revela "diálogo" com governos anteriores.
Após as publicações do presidente, jornais e militantes que apoiam o ex-presidente Lula se manifestaram por meio de publicações, taxando as declarações de Bolsonaro como “desafios” a Alexandre de Moraes.
CRÍTICAS A ALEXANDRE DE MORAES
A decisão do ministro do Supremo, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), gerou diversas críticas por parte de autoridades e cidadãos nas redes sociais e fora delas.
No dia 18 de julho o vereador de Niterói e pré-candidato a deputado estadual Douglas Gomes, anunciou que entraria com uma representação contra Alexandre de Moraes na Procuradoria-Geral da República (PGR).
“REPRESENTAREI ALEXANDRE DE MORAES NA PGR. Denunciarei o Min. Alexandre de Moraes na PGR por abuso de autoridade, por proferir decisão inconstitucional que ataca expressamente a liberdade de expressão de Deputados e a liberdade de expressão de veículos de imprensa”, disse o parlamentar.
No Twitter, o analista político, Leandro Ruschel, comentou algumas particularidades da decisão do ministro a favor do PT.
“Curiosidades sobre a decisão que mandou retirar do ar post que envolviam PT ao PCC: - Na quarta (13), ministro Moraes recebeu petistas para tratar de combate ao "discurso de ódio". - No domingo (17), às 10:59, pedido de retirada dos posts chegou ao gabinete de Moraes. - No mesmo dia, às 23:45, o ministro proferiu a decisão de 12 laudas, 15 minutos antes de ser encerrado seu plantão. Ele atuava como presidente em exercício do TSE, podendo decidir pedidos de liminar. A decisão foi dada sem ouvir as partes, tampouco o Ministério Público”, disse Ruschel em uma publicação.
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