Há 19 anos sem ir ao Congresso, Zé Dirceu participa de sessão no Senado.
- Redação
- 3 de abr. de 2024
- 2 min de leitura
Ex-ministro e ex-deputado não ia ao Legislativo desde sua cassação, em 2005; petista participou de solenidade sobre democracia .

O ex-ministro da Casa Civil no 1º mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ex-deputado federal, José Dirceu, participou nesta 3ª feira (2.abr.2024) da sessão solene especial “em defesa da democracia”. Foi a 1ª vez que o petista voltou ao Congresso desde a sua cassação em 2005, no escândalo do Mensalão. “Quase não aceitei [o convite], porque desde o dia da madrugada de 1º de dezembro [de 2005], quando a Câmara dos Deputados cassou meu mandato, que o povo de São Paulo tinha me dado pela 3ª vez, eu nunca mais voltei ao Congresso Nacional. Mas acredito que João Goulart merecia e merecia a minha presença hoje aqui”, afirmou Dirceu ao discursar no plenário da Casa Alta
O político foi convidado a participar da sessão pelo líder do Governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). Além do ex-ministro, participaram do evento a viúva do ex-presidente João Goulart, Maria Thereza Goulart e o presidente-executivo do Instituto João Goulart, João Vicente Goulart.
Durante sua fala, o petista disse que não é só no Brasil que a democracia corre riscos, mas em todo o mundo.
“A democracia está em risco porque não se fizeram as reformas estruturais, porque não há uma democracia social. Quando a democracia social deixa de existir, a democracia institucional política corre o risco. Então, nosso papel, para consolidar a democracia brasileira, é fazer uma revolução social no Brasil”, afirmou.
“Um trabalhador paga 30%, 40% de juros para comprar qualquer bem. Então, a estrutura tributária, em vez de desconcentrar renda, concentra renda; e o país fica no subconsumo, fica, como se diz, no voo de galinha. Para desenvolver esse país e para ele encontrar o seu destino, é preciso fazer uma revolução social, que significa uma reforma tributária, uma mudança na estrutura financeira do país, e priorizar a ciência, a tecnologia e a educação. O Brasil precisa de uma revolução educacional. Em 10 anos, nós temos que fazer 100 anos”, disse Dirceu.
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