Impunidade: Adélio Bispo passa por perícia que poderá determinar sua soltura

Ex-filiado do Psol, tentou assassinar Jair Bolsonaro em 2018

O ex-filiado ao Psol e autor da facada que quase resultou no assassinato de Jair Bolsonaro, Adélio Bispo, passa por perícia médica nesta segunda-feira (25), em um Presídio de Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

O procedimento, realizado por peritos da Justiça Federal, poderá determinar a soltura, ou não, do criminoso, pois tem como objetivo averiguar a existência da periculosidade de Adélio.

Há 3 anos um laudo médico determinou que Adélio foi diagnosticado com transtorno delirante permanente paranoide, levando o juiz Bruno Savino, da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora, a expedir no dia 14 de junho de 2019 a decisão de que Adélio não poderia sofrer punição criminal, sendo considerado inimputável. Na ocasião, o magistrado converteu a prisão preventiva em internação por tempo indeterminado, na Penitenciária Federal de Campo Grande.

Os exames realizados agora, atendem a regra de que uma nova perícia precisa ser realizada três anos após a sentença para que seja determinado se o estado de saúde mental do réu permanece o mesmo e se ele ainda representa um risco para a sociedade.

Adélio Bispo é autor do atentado realizado em 6 de setembro de 2018, quando Jair Bolsonaro, então candidato a presidente da República, participava de um ato de campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais.

O resultado da avaliação deve ser apresentado em até 30 dias.

Nas redes sociais diversos cidadãos estão criticando a possibilidade de que Adélio seja solto, mesmo depois de atentar contra a vida de Jair Bolsonaro, especialmente neste ano eleitoral em que as ameaças contra a vida de candidatos conservadores são grandes.

Mesmo após 4 anos do crime, os possíveis culpados por mandar matar Jair Bolsonaro ainda não foram descobertos.