Lula manobra para colocar Pacheco em ministério e fortalecer aliança política para 2026

Presidente do Senado é cogitado para assumir pastas estratégicas no governo petista, em troca de apoio para disputar o governo de Minas Gerais, expondo as alianças de conveniência entre Executivo e Legislativo.

O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), mais uma vez está sendo cogitado para assumir um ministério no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a partir de 2025, quando deixará a presidência do Senado. Esse movimento, articulado pelos aliados do presidente Lula, reforça as manobras do Palácio do Planalto para garantir apoio político a longo prazo, já de olho nas eleições de 2026.

Segundo informações da CNN Brasil, o Planalto vê em Pacheco uma peça fundamental para 'turbinar' sua eventual candidatura ao governo de Minas Gerais. Trata-se de mais uma jogada política do governo petista para fortalecer suas bases em um estado estratégico para o cenário eleitoral futuro. Vale lembrar que Pacheco, até o momento, nega publicamente qualquer envolvimento com esse plano, embora seu nome já tenha sido especulado para assumir pastas estratégicas, como os ministérios da Defesa, atualmente comandado por José Múcio, e da Justiça, sob o comando de Ricardo Lewandowski.

Essa articulação reflete o jogo de interesses entre Lula e Pacheco, em que ambos buscam manter suas posições de poder e influência. A aproximação entre o presidente da República e o senador de Minas Gerais é vista por muitos como uma troca de favores: Lula busca reforçar suas alianças no Congresso, enquanto Pacheco vislumbra um caminho para o Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, nas eleições estaduais.

O nome de Pacheco também é comparado ao de Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados, que assim como ele, já foi cotado para ocupar cargos no governo federal. Para muitos, essa proximidade de figuras do Congresso com o Executivo levanta sérias questões sobre a independência dos poderes e a transparência nas relações políticas. Mais uma vez, o governo Lula mostra que seu interesse em manter o poder supera qualquer consideração sobre os princípios republicanos que deveriam nortear a política brasileira.