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Novo Round de Tarifas: China Revida com Taxação sobre Produtos dos EUA

  • Foto do escritor: Nathy Souza
    Nathy Souza
  • 4 de fev.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 10 de fev.

Donald Trump justificou o tarifaço à China dizendo que Pequim atua pouco para combater o tráfico de produtos usados na fabricação do fentanil, problema de saúde pública nos EUA.

O governo chinês intensificou sua postura na guerra comercial com os Estados Unidos, impondo, nesta terça-feira (4/2), novas tarifas sobre produtos americanos. Em um movimento que aumenta a tensão entre as duas maiores economias do mundo, a China anunciou uma taxação de 15% sobre carvão e Gás Natural Liquefeito (GNL) dos EUA, e de 10% sobre petróleo bruto, equipamentos agrícolas e alguns automóveis. As novas tarifas, que entram em vigor em 10 de fevereiro, são mais uma resposta direta às tarifas impostas por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, sobre produtos chineses.


A medida chega no momento em que o país asiático busca revidar a pressão de Washington, que já vinha adotando uma postura para combater o que considera práticas comerciais desleais por parte da China. A ação de aumento de tarifas foi claramente respondida pela China, com o governo chinês registrando uma queixa formal na Organização Mundial do Comércio (OMC), acusando os EUA de violar as normas internacionais de comércio.


O embaixador da China nas Nações Unidas, Fu Cong, não poupou críticas à decisão americana, chamando as tarifas de "injustificadas" e afirmando que a China poderia ser forçada a adotar "contramedidas". Segundo Fu, a guerra comercial entre os dois países não levará a um vencedor, refletindo a postura do governo chinês de resistir a pressões externas.


Por outro lado, Trump se manteve firme em sua posição, confirmando a manutenção das tarifas e sinalizando que poderia manter conversações com o presidente chinês, Xi Jinping, nas "próximas 24 horas". O republicano justifica as tarifas como uma resposta ao problema crescente do tráfico de fentanil, uma substância altamente prejudicial à saúde pública nos EUA, e criticou Pequim por não fazer o suficiente para combater esse comércio ilícito.


Este novo round de tarifas coloca mais um obstáculo para o comércio entre os dois países e evidencia o abismo entre as posturas de Washington e Pequim, especialmente em temas sensíveis como a segurança e o controle de substâncias. A China, ao registrar sua queixa na OMC, reafirma sua retórica de que não tolerará o tratamento unilateral dos Estados Unidos, enquanto Trump persiste na visão de que a imposição de tarifas é uma forma legítima de pressionar a China a mudar suas práticas comerciais.


Com mais tarifas em jogo, a guerra comercial entre as duas potências segue sem fim à vista, e os impactos dessa disputa devem ser sentidos por consumidores e empresas em ambos os lados do Pacífico.

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