"O país está melhor hoje do que quando era governado por Jair Bolsonaro (PL)" diz Haddad
- Nathy Souza
- 7 de fev.
- 2 min de leitura
Atualizado: 10 de fev.
O preço hoje, da gasolina e do diesel no posto, está mais baixo do que o de 2 anos atrás”, declarou.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (7) que o governo trabalha para trazer dólar para um “patamar adequado” e “corrigir” problemas herdados do Bolsonaro. Em entrevista à rádio Cidade FM 99.7, de Caruaru (PE), Haddad também responsabilizou a gestão anterior por problemas econômicos e defendeu a alta dos juros como medida de contenção da inflação.
A política econômica do governo Lula, no entanto, tem sido alvo de críticas por sua incapacidade de gerar crescimento sustentável. O Banco Central elevou a taxa Selic para 13,25% ao ano em janeiro, o que impacta diretamente o crédito e a atividade produtiva. Apesar disso, Haddad argumenta que a medida visa “corrigir distorções” deixadas pela administração de Jair Bolsonaro.
O ministro também voltou a atacar benefícios fiscais concedidos a empresários no passado, alegando que a atual gestão busca reverter privilégios. No entanto, setores produtivos alertam que o aumento da carga tributária pode prejudicar ainda mais a economia, afastando investimentos e reduzindo a competitividade do Brasil no cenário global.
Sobre a política de combustíveis, Haddad tentou minimizar o impacto da inflação e justificou a alta dos preços com a privatização de refinarias durante o governo Bolsonaro. O argumento, porém, contrasta com a realidade do mercado, onde a intervenção estatal na Petrobras e a falta de investimentos em infraestrutura têm sido apontadas como fatores que elevam os custos para o consumidor.
“Você sabe que a gente importa gasolina e diesel. Então, isso tem reflexo no preço”, disse. “Agora, compare com o preço de 2 anos atrás. O preço hoje, da gasolina e do diesel no posto, está mais baixo do que o de 2 anos atrás”, declarou.
“Ainda assim, o preço do combustível original no posto de gasolina está mais barato do que com o Bolsonaro. (…) Eu repito, tem muita coisa para fazer. Você não reconstrói um país em 2 anos. Mas, comparando com o que a vida estava 2 anos atrás, eu acho que o avanço é muito significativo”, afirmou.
Além disso, o ministro defendeu a taxação de compras internacionais de até US$ 50, atribuindo ao governo anterior a responsabilidade pelo aumento do contrabando. A justificativa, no entanto, não convence especialistas do setor, que alertam para os efeitos negativos da medida sobre pequenos empreendedores e consumidores brasileiros.
“O Bolsonaro estimulou muito o contrabando. Muito. Então, o contrabando de mercadorias foi muito estimulado por ele, porque ele não fez nada para combater o contrabando. Os governadores, então, se uniram e passaram a cobrar ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] dos contrabandistas. E isso melhorou muito a situação do varejo brasileiro e da pequena indústria brasileira”, disse.
Com declarações polêmicas e argumentos questionáveis, Haddad busca desviar a atenção dos desafios econômicos que o Brasil enfrenta sob a gestão petista, enquanto o mercado segue cauteloso diante da falta de medidas concretas para estimular o crescimento e garantir estabilidade.
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