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Professor afastado na UFRJ: liberdade acadêmica ou perseguição ideológica?

  • Redação
  • 30 de ago. de 2024
  • 2 min de leitura

Afastamento de docente por pressão estudantil acende debate sobre censura e liberdade de expressão na academia.


O professor Ricardo Cabral, do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi afastado de suas funções após ser acusado de proferir opiniões consideradas "transfóbicas e capacitistas" por alguns estudantes do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS). O incidente ocorreu durante uma aula no Largo São Francisco de Paula, no Centro do Rio de Janeiro.


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Na última segunda-feira (26), um grupo de alunos realizou um protesto, que culminou na expulsão do docente das dependências da universidade. Um vídeo divulgado nas redes sociais pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) Mário Prata mostra o momento em que Ricardo é pressionado a se retirar do campus, em meio a gritos e palavras de ordem.


Em uma publicação feita pelo DCE, os estudantes justificaram suas ações afirmando que "não aceitaremos transfobia, capacitismo e racismo nas salas de aula". De acordo com o DCE, o professor teria constrangido dois estudantes durante um debate sobre cotas para pessoas trans, fazendo declarações que foram interpretadas como ofensivas.


Segundo os relatos, Ricardo teria dito a um estudante que "agora você está falando que nem gente normal" e questionado a identidade de uma estudante autista. Além disso, ele teria afirmado que "pessoas trans não existem" e que o termo seria apenas um conceito político, desencadeando a reação dos alunos.


A direção do IFCS emitiu uma nota informando que o professor não mais lecionará para a turma em questão, decisão esta tomada pelo Instituto de Psicologia, onde o docente é lotado. A nota também enfatizou que a reação dos estudantes não se deu por um preconceito específico, mas devido à percepção de que o professor teria adotado uma postura desrespeitosa com os alunos.


É importante destacar que a situação levanta uma série de questões sobre a liberdade acadêmica e o ambiente de debate nas universidades públicas. O afastamento de um professor, sem que haja um devido processo que assegure seu direito de defesa, pode configurar uma perigosa tendência de censura ideológica.


Até o momento, a defesa do professor Ricardo Cabral não se manifestou oficialmente sobre o ocorrido, mas o espaço segue aberto para que ele apresente sua versão dos fatos.

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