Secretário-geral da OEA pede que Maduro aceite derrota e “abra caminho para democracia”
- Editor
- 30 de jul. de 2024
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A OEA, com sede em Washington (EUA), convocou uma reunião extraordinária para debater o resultado da eleição presidencial nesta quarta-feira (31).

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, pediu nesta terça-feira (20) o reconhecimento das atas eleitorais em poder da oposição da Venezuela e que o ditador Nicolás Maduro reconheça a derrota e abra caminho "para o regresso da democracia".
Em comunicado, a Secretaria-Geral da OEA afirmou que “o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) ainda não conseguiu apresentar a ata pela qual (Maduro) teria vencido, o que neste momento seria risível e patético, se não fosse trágico”.
De acordo com Almagro, “é imperativo” que Maduro aceite as atas da oposição liderada por Edmundo González Urrutia e María Corina Machado e “consequentemente aceite sua derrota eleitoral e abra o caminho para o regresso da democracia na Venezuela”.
“Caso contrário, seria necessária a realização de novas eleições” com a presença de observadores eleitorais da União Europeia e da OEA, segundo o comunicado.
Almagro defendeu ainda a criação de um novo CNE para reduzir as irregularidades institucionais que, na sua opinião, assolaram o processo que culminou nas eleições do último domingo, cujo resultado tem sido questionado por vários países devido à falta de detalhes sobre a apuração.
María Corina Machado afirmou que a oposição majoritária conseguiu obter 73% das atas emitidas nas eleições presidenciais, o que deu a vitória a González Urrutia, com uma diferença “esmagadora”, ao contrário do que foi anunciado pelo CNE.
“O manual completo de gestão fraudulenta do resultado eleitoral foi aplicado na Venezuela na noite de domingo, em muitos casos de forma muito rudimentar”, lamentou Almagro.
A OEA, com sede em Washington (EUA), convocou uma reunião extraordinária para debater o resultado da eleição presidencial nesta quarta-feira (31). A sessão do Conselho Permanente foi convocada a pedido de 12 países membros, incluindo todos os governos latino-americanos que receberam nesta segunda-feira ordem do ditador venezuelano, Nicolas Maduro, de retirar seus diplomatas de Caracas. (Com Agência EFE)
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