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União Brasil e PP oficializam federação e formam maior representação política no Congresso

  • Redação
  • há 5 horas
  • 2 min de leitura

Os partidos União Brasil e Progressistas (PP) formalizaram nesta terça-feira (29) a criação de uma federação partidária que reunirá as maiores bancadas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Com 107 deputados e 14 senadores, a aliança consolida um novo grupo político com grande capacidade de articulação institucional e eleitoral.


A decisão foi sacramentada após reunião da Executiva Nacional do União Brasil na segunda-feira (28), com presença de lideranças como o presidente da legenda, Antônio Rueda, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto e o ministro do Turismo, Celso Sabino. O PP já havia aprovado a proposta em encontro anterior.


A federação terá inicialmente uma co-presidência, formada por Rueda e Ciro Nogueira (PP), que comandarão a estrutura até dezembro. A partir de 2026, uma nova liderança será definida. A solução foi adotada para contornar impasses sobre a presidência da federação — o PP defendia o nome de Arthur Lira (PP-AL), enquanto o União Brasil pleiteava o comando para Rueda.


Com a união, a federação ultrapassa o PL de Jair Bolsonaro como maior bancada da Câmara. No Senado, iguala-se ao PL e ao PSD em número de representantes. O grupo também passa a concentrar o maior volume de recursos públicos destinados a partidos, com um fundo estimado em R$ 954 milhões, além de controlar seis governos estaduais e mais de 1.300 prefeituras.


Mesmo com o avanço da negociação, a federação nasce com desafios internos. Deputados ligados ao antigo DEM, como Mendonça Filho (PE) e Pauderney Avelino (AM), avaliam deixar o partido durante a próxima janela partidária, prevista para abril de 2026, em razão de conflitos regionais com lideranças do PP. Na Bahia, parlamentares progressistas próximos ao PT manifestam desconforto com a aproximação com a oposição estadual.


Na Paraíba, divergências entre o senador Efraim Filho (União-PB) e o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) também geram tensão. O impasse envolve o cenário eleitoral para 2026.

A pré-candidatura presidencial do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), deve ser discutida pela nova federação. O líder do União na Câmara, Pedro Lucas Fernandes (MA), afirmou que a movimentação de Caiado é legítima, mas que a pluralidade da nova formação exigirá construção de consenso. O PP, por sua vez, aposta no nome da senadora Tereza Cristina (MS).


Embora ambos os partidos possuam integrantes no governo Lula, como os ministros Celso Sabino (Turismo), Waldez Góes (Integração Nacional), André Fufuca (Esporte) e Juscelino Filho (Comunicações), a nova federação ainda não definiu se terá participação formal na base governista. Segundo ACM Neto, essa discussão ocorrerá após o registro oficial da federação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), previsto para o primeiro semestre.



O senador Sergio Moro (União-PR), que pretende disputar o governo do Paraná, também enfrentará resistência dentro do novo grupo, especialmente do deputado Ricardo Barros (PP-PR) e do presidente do PP, Ciro Nogueira — ambos críticos da atuação de Moro na época da operação Lava-Jato.

 
 
 

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